segunda-feira, 24 de março de 2008

A ilha


Numa ilha deserta.
É onde eu gostaria de estar. Para pensar, para me apegar a mim mesmo, para adquirir orgulho. Para me amar.
Vivendo por mim e para mim, sentindo a minha importância.

Eu definitivamente não valho muita coisa.
E ainda quero que gostem de mim. Impossível.
Como alguém pode conseguir se nem eu consigo?

Já tive essa sensação de fracasso antes, até mais intensa, mas acho que sou muito novo pra me sentir tão fracassado assim. Como pode?

Não consigo nada que do quero, meus sonhos, desejos, quereres, ambições, vão sempre por água baixo. Ta bom, é até exagero, mas nem tanto.

E lá vem mais uma decepção, mais uma dor.

Eu amo meus amigos. Queria ver em mim o que eles vêem.

Enfim, sinceras e humildes desculpas a Lady.
Fui apenas mal interpretado. Não foi aquela a minha intenção.

3 comentários:

Pamella Oliveira disse...

Ah, uma ilha... às vezes é o que me falta, uma ilha onde eu pudesse descarregar até mesmo esse sentimento de fracasso que por inúmeras vezes toma conta de mim... me dá vontade de... não sei, só me dá vontade...

Seu blog é ótimo! Interessante que és de Juiz de Fora também! Carpe Diem! ;*

May disse...

Will, eu te acho o máximo. Mesmo, não é puxação de saco não. Sei como você se sente, pois eu me sinto da mesma maneira. E saiba, você tem muitos poderes latentes; é só querer despertá-los.
No mais, pode contar comigo!
:**

Amanda disse...

*E 20 anos depois, eis que respondo o seu comentário. Mas sem nada relacionado a Madonna, até porque já passou muito tempo né?*

Pois então, eu acho que essa vontade de ir parar numa ilha sozinho e se voltar pra você, é bastante comum e quem falar que nunca sentiu, é fingido. Ou então vazio demais. E eu desprezo pessoas sem vida "interior". Ok, que nem todo mundo precisa viver mais pra dentro do que pra fora só porque eu vivo, mas as vezes um pouco disso faz bem.
E outra coisa que eu acho bastante comum a todo mundo, é essa coisa de não conseguir se ver como os outros vêem. Na verdade, eu acho que nenhuma das duas imagens é muito fiel. Primeiro, porque a gente tende a se depreciar um pouco por qualquer coisa que sai errada e segundo, porque os amigos e etc, gostam da gente e as vezes não dizem a verdade (nada mais do que a verdade) por isso.
Argh, isso tudo é complexo e eu terminei o comentário com a impressão de não ter dito nada com nada. Mas enfim, acho que é isso. E que por mais que eu tente, não vou conseguir dizer algo que soe útil. Ou mesmo que sirva de "consolo".