quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

...que 2008 queime logo...




Lembro-me do final do ano passado quando eu implorava ao tempo que levasse aquele ano embora. Enchia-me de esperanças sobre o novo ano que as luzes nas ruas, o comércio e as chamadas de TV anunciavam. Eu estava completamente saturado daquele ano de extremo acumulo de problemas, e a simples passagem de 07 para 08 parecia ser a solução para tudo. Mas eu não sabia que tudo aquilo era apenas anuncio para o que viria...
Até 2007 eu afirmava com orgulho, nunca ter me decepcionado com alguém querido. Em 2008 eu pude sentir a intensa dor de ter a confiança quebrada em pedaços por varias vezes. Estive descrente nos valores éticos e sentimentos de afeto, acreditando que qualquer banalidade era capaz de romper tais princípios. Felizmente aprendi a conviver com os erros e percebi que eles sempre estiveram presentes, apesar de só terem dados às caras pra mim em tal momento. Junto a isso varias decepções caminharam ao lado, e o que eu sinto agora faz parte do acumulo de problemas desse ano.
Eu sinto o desprezo de muita gente que parece não me achar digno nem de ódio, gente que permanece com os olhos revoltosos fugindo dos meus. Eu não sei se é paranóia, mas parece que muita coisa fugiu de mim, muita coisa me despreza. E só eu sei o quanto isso tem me machucado... Sinto-me pequeno.
Que permaneça uma ingênua esperança, e que 2008 queime logo...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008




Caminhando eu avisto no meu horizonte uma neblina intensa ofuscando a minha óptica real da loucura.
Sei que caminho avante a solidão, e tenho medo.
Não quero ficar só, mas as mãos dos meus amigos e amores estão se afastando.
Aproximo-me da intensa neblina (estou cada vez mais só), e ao chegar mais perto revejo todos os meus amigos e amores.
Os olhos deles se desviam dos meus, suas expressões são de repudio, me sinto rejeitado e errado, mesmo sem saber qual foi o erro.
Mantenho-me de pé ao observar que ainda há quem me olhe nos olhos e estenda as mãos pedindo um abraço. Então, com a ajuda deles, caminho para fora dali deixando pra trás gritos de agonia.

Avisem os poetas românticos que o mundo é podre.