terça-feira, 21 de abril de 2009

Sem Traumas




E depois de tanto tempo, aqui estou, nesse empoeirado blog. Sem saber se me restaram leitores esperançosos por novos posts.
Gostaria de informar que (se de alguma forma o leitor preza pela minha felicidade) a minha ausência foi por um motivo totalmente positivo. Estou passando pelo melhor momento desses vinte anos, onde o acaso aliado aos meus esforços faz com que tudo dê certo. Consequentemente a felicidade é tanta que não me resta tempo e tenho poucos motivos para escrever.
Mas então o que faço aqui hoje?
Pra dizer a verdade, nem eu sei. Tudo continua perfeito, mas hoje senti meus pés se apoiarem em um chão nada consistente, e tive medo.
Não é segredo para ninguém (e nunca esperei que fosse) o quanto sou sonhador, romântico e pessimista, e não creio que isso vá mudar (ou então eu não seria pessimista). Fato é que meus vinte anos deixaram para trás um bocado de desilusões arrematando assim alguns traumas. Traumas que hoje passei a acreditar que não fazem sentido, afinal a vida humana é complexa demais para que se tome como referencia certas pessoas e acontecimentos apenas em meus inexperientes vinte anos, e o melhor é sim tomar como referencia a razão dos meus sentimentos.
É tenebroso pensar do que as pessoas são capazes com o mau uso das artes cênicas, com o cinismo, e depois de ter conhecido pessoas assim, você teme que todas sejam igualmente medíocres e sente receio a cada abraço dado e recebido. Mas tirando como exemplo a pessoa que sou, o quanto me esforço para não decepcionar as pessoas que gosto, o quando prezo em ser fiel com todos, o quanto me acho digno do carinho dos meus amigos e amores, eu tenho certeza que não sou uma exceção e que várias pessoas também prezam isso como eu. E então por que tirar como exemplo pessoas ruins que passaram pela minha vida e sequer foram maioria? Por que não começar pensando nos meus pais, que são pessoas incríveis? É bem melhor lembrar dos meus amigos, Gabriel, Reinaldo, Cássio, Victor, Vagner, Giovanna, Mariana, Leonardo que estão sempre dispostos a me ouvir e me abraçar. E de repente, por um acaso, tenho a espetacular sorte de descobrir alguém tão fascinante como a Nanda, as coisas dão certo, e eu tenho a ousadia de me sentir inseguro? Não. É injusto com todos que gostam de mim e é também injusto comigo, peço desculpas e prometo que isso não acontecera mais.
Não existem duvidas de que todos os nomes citados aqui não serão esquecidos até o final da vida. Como diz o meu avô, “arrasto um bonde” por todos.
Quanto as pessoas decepcionantes que já passaram pela minha vida, sequer me lembro direito, e os nomes se confundem entre tanta mediocridade.
E que venham tantos outros vinte anos...