quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A alma deserta...




Mesmo a distância, é possível ver em teus olhos, é possível sentir na tua voz exausta e triste. Pedindo perdão ao mundo, carregando o peso de todos os crimes nas costas, se crucificando para pagar todos os pecados que já realizou.

Dói-me muito ver-te de joelhos diante dos mais desmerecedores habitantes de nossas vidas, dos mais filhos da puta.

A infelicidade estará sempre com aqueles que não sabem perdoar, tendendo sempre a grandes decepções e a solidão, porque errar é humano.

Não se aprende sem pecar. As pessoas não precisam carregar cruzes pelos arrependimentos, não é do nosso fado, não somos todos Jesus Cristo. Basta o aprendizado, basta o arrependimento.

Queria segurar em tuas mãos e ajudar-te a levantar, abraçar-te, olhar nos teus olhos e calar tua boca com um beijo. Porque o orgulho não deve ser maior que o amor.
Mas eu sou a outra face da moeda, a insignificância, a pedra, o obstáculo do caminho. Não importa o que eu quero, não importa o que eu sinto, não posso me mover ou serei derrubado. Eu me deixaria ser teu anestésico, pra te curar e quem sabe acabar com meus excessos, minha insônia e esse vazio.

2 comentários:

Ana disse...

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pois concordo.
viver a vida na sua intensidade e exagero, seja do jeito que for, é algo, no mínimo, importante :)

e bem, eis um pequeno 'p.s.': me impressionei, sem dúvida, com seu texto. tão poucos parágrfaos, tantos pontos de vistas e poesias; assuntos importantes.
é uma enorme qualidade saber misturar e adequar a magia das palavras com a sinceridade da razão, saiba.

May disse...

Poesia pura.
Me diz, quem é a dona desses pensamentos? :}
Se alguém me fizesse tal ode, eu me sentiria extremamente honrada.
É sempre uma grata surpresa passar por aqui. ^^

:*